sábado, 29 de novembro de 2008

2 comentários:

Anónimo disse...

O meu olhar azul como o céu
É calmo como a água ao sol.
É assim, azul e calmo,
Porque não interroga nem se espanta ...
Se eu interrogasse e me espantasse
Não nasciam flores novas nos prados
Nem mudaria qualquer cousa no sol de modo a ele ficar mais belo...
(Mesmo se nascessem flores novas no prado
E se o sol mudasse para mais belo,
Eu sentiria menos flores no prado
E achava mais feio o sol ...
Porque tudo é como é e assim é que é,
E eu aceito, e nem agradeço,
Para não parecer que penso nisso...)

Alberto Caeiro, in "O Guardador de Rebanhos - Poema XXIII"

Um abraço
João :D

Anónimo disse...

Espectacular !

Isto não é fotografia isto é poesia.

PR